UMA PAGINA PARA PESCADORES, CAÇADORES & OUTROS MENTIROSOS

Sou capixaba, nascido em Nova Venécia e mudei ainda adolescente para Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Quando morei em São Mateus, no meu pátrio Estado, mesmo criança e pré-adolescente, gostava de ir para a beira do Rio São Mateus pescar. Pegávamos o famoso judeu assim como deliciosos camarões grandes e muitos siris. Ao chegar em Mato Grosso, me vislumbrei com um celeiro de pesca inacreditável. Dentro da cidade, num antigo porto que funcionou por alguns anos um centro de descarregamento de cimento, vindo de corumbá por navios cargueiros, quando o Rio Cuiabá permitia essa atividade, ali aquele porto é chamado até hoje de CAIS FLUTUANTE, totalmente abandonado,  destruido e jogado de lado pelas autoridades municipais, quando devia ser restaurado e um ponto de visita obrigatório para quem fosse conhecer a capital do Estado de Mato Grosso.
Aliás, fica aqui uma sugestão as nossas Autoridades já que Cuiabá será uma das sedes da Copa de 2014: Restaurem o CAIS DO PORTO, reativem a escada rolante que ali existiu e que desci muitas vezes a noite para pescar com mais tranquilidade lá em baixo, desobstruam a parte flutuante pois afundou na sujeira e esgoto ali agora reinante.
Mas, voltando ao tema central sobre a Pesca, no CAIS DO PORTO pegávamos Pacus, Pintados, Dourados, Piraputangas, levávamos umas panelas com olho e alho, fazíamos um fogão improvisado de pedras, o fogo era de madeira seca da margem do Rio Cuiabá e ali, saboreávamos o Peixe Frito gostoso, da hora, quentinho, sem congelamento, muito saboroso. Fizemos isto por alguns anos seguidos, se iniciando no ano de 1972; nesta época eu estava com apenas 16 para 17 anos de idade.
Fui pegando gosto pela pesca, já trabalhando, aos 19 anos comprei meu primeiro Carro, um TL amarelo bonito e com o Pomposo TL, comecei a sair um pouquinho de Cuiabá para pescar.
O Rio Cuiabá é um dos maiores Rios Piscosos do Brasil que conheci. A diversidade de peixes é impressionante.
E, no transcurso de mais de 25 anos seguintes, nunca deixei de Pescar em Mato Grosso. Todo final de semana saia de um lado para outro com meus equipamentos para buscar um peixe fresco e saboroso. NUNCA USEI UMA REDE de pesca. Sempre pesquei de anzol na Linhada de mão, não gostava de Molinetes ou carretilhas; Gostava de ver os dedos sangrando e cortados com a violencia de uma ferrada de um pintado ou pacú; com o passar do tempo aprendi a usar um Molinete e a mão deixou de ficar com cicatrizes de queimada das linhas de nilon.
Eu tenho colecionado muitas HISTORIAS VERDADEIRAS de pesca que aconteceram comigo ou com alguém no meu Barco e pretendia escrever um livro sobre elas e com um propósito inusitado: NÃO CONTAR NENHUMA MENTIRA ou seja, todos fatos verdadeiramente acontecidos e presenciados por mim. Aliás, cheguei a escrever alguns capítulos deste livro nos ano de 1980 a 1990 porém, parei.
Mas,como o tempo é muito curto achei por bem  criar este BLOG denominado: PESCADORES, CAÇADORES & OUTROS MENTIROSOS.
Aqui neste Blog, quero contar as HISTÓRIAS que eu contaria no Livro, pouco a pouco.
Quero também deixar espaço aberto pelos amantes da CAÇA (hoje já proibida no Brasil mas muito praticada no interior dos Estados do Centro Oeste e do Norte do Brasil), pelos amantes da PESCA muito praticada também no Centro Oeste e no Norte do Brasil; Quero que voce conte sua HISTÓRIA, junte uma Foto se a tiver e vamos nos divertir com fatos que muitos não acreditam.
Eu, infelizmente tenho poucas fotos. Na época não tinha a MAQUINA DIGITAL hoje tão popularmente usada e meus registros são pequenos mas, tenho alguns que serão publicados.
Coloque sua HISTORIA, coloque suas fotos e, com o passar do tempo, teremos aqui registros inacreditáveis deste Esporte tão lindo, tão gostoso e que se torna até em vício.
Infelizmente, os peixes estão sumindo dos rios pela destruição do próprio homem, do próprio pescador.
Perto de Cuiabá, tem uma cidade chamada Barão de Melgaço.
Se formos de barco (eu já fiz esse trajeto de Barco algumas vezes), nos depararemos com tantos, tantos e tantos pescadores passando REDES, de manha, de tarde, de noite, de madrugada, enfim, 24 horas por dia. São crianças de 5, 6 anos pilotando aquelas canoas pequenas que eu costumo chamar de desintera família, correndo metros e quilometros de rio abaixo matando qualquer peixe que se enroscar na rede.
Esses pescadores não conseguem enxergar que estão destruindo a comida deles de amanha.
Mas, vamos ter tempo para relatar fatos e mais fatos.
Tenho histórias interessantes, tipo um Pintado que tomei da boca de um Jacaré no Rio Jaurú, que voces conhecerão a história; tenho o caso de uma Cobra Sucuri de 3,5 metros que pegamos numa peneira de colher iscas (tuviras) no Pantanal de Barão de Melgaço.
Enfim, está aberto um espaço para HISTÓRIAS e FATOS de Pesca e Caça.
Vou contar as minhas.
Conte as suas.
Obrigado por voce participar.